sexta-feira, 20 de agosto de 2010

DEMOCRACIA CORINTHIANA: UMA CONSTRUÇÃO - PARTE 1

Sócrates: convocação ao voto

A chamada Democracia Corintiana caracterzou-se por um período em que os jogadores do Corinthians participavam ativamente das decisões do clube. De 1981 a 1985, todos os assuntos relacionados ao elenco, desde a concentração, contratações e sistema de jogo, eram definidos por voto. A existência deste movimento tornou-se possível através da união de interesses dos jogadores, cujos principais representantes eram Sócrates, Wladimir e Casagrande; a diretoria, era representada pelo sociólogo Adilson Monteiro Alves e a comissão técnica, por Mario Travaglini. Todas estas ações ocorriam dentro do contexto social que se caracterizava pela abertura política do país. A campanha do clube no ano de 1981 foi uma das piores da sua história, quando terminou na 26a posição do Campeonato Brasileiro e 8o lugar no Campeonato Paulista. Nesta época os campeonatos estaduais definiam a classificação para o campeonato nacional, fazendo assim, com que o Corinthians disputasse a segunda divisão do Brasileiro de 1982. Dentre outros motivos para a conturbada situação em que o clube se encontrava, surgia o nome de seu presidente, Vicente Matheus, que desde 1959, alternava com outros dirigentes a tutela do clube. Sua importância no processo está na descrição que nos dá Ricardo Gozzi, no livro Democracia Corintiana – A Utopia em Jogo:
Porém seria impossível compreender a Democracia Corintiana sem saber o que se passou no clube nos anos que a antecederam, especialmente nos quase dez anos consecutivos durante os quais Vicente Matheus ocupou ininterruptamente a presidência do Corinthians... Centralizador e paternalista, considerado um símbolo pela maior parte dos torcedores corintianos, Matheus era um dos mais ferozes inimigos da abertura. Com simplicidade e inteligência, pulso firme e declarações folclóricas atribuídas a sua falta de estudo, em muitas ocasiões chegou a tirar dinheiro do próprio bolso para contratar jogadores. Seus adversários nunca ousaram acusa-lo de utilizar o clube para enriquecer ou se promover... Mas individualista e um tanto prepotente, o folclórico presidente do clube entendia pouco de liberdade. Comandava o Corinthians com mão-de-ferro. Certa vez ao comentar seu estilo de administração, declarou : “o Corinthians é uma ditadura mole!” Quando derrotado politicamente no clube, recorria à Justiça. As renovações de contratos dos atletas transformavam-se em verdadeiras novelas. Autoproclamava-se uma espécie de “defensor dos direitos do Corinthians” 1
Paralelamente a participação do Corinthians na competição, acontecia à campanha para a eleição para a presidência do clube. Na época, as eleições se realizavam a cada dois anos, sempre em anos ímpares. Votavam alternadamente conselheiros e associados. Como no ano de 1979 Matheus manteve-se na presidência pelos associados, dois anos depois a presidência do clube seria votada pelos conselheiros. Assim, naquele ano, Matheus não teria elementos suficientes para contornar o estatuto e reeleger-se, conforme orientação de seu advogado. Lança-se então, candidato à vice-presidência pela chapa de Waldemar Pires:
Em 9 de abril de 1981 – somente quatro dias depois da eliminação do Corinthians no Campeonato Brasileiro – os membros do conselho foram às urnas e elegeram Pires presidente do Corinthians. Vice presidente de Matheus nas gestões de 1977 e 1979, Pires encabeçou a chapa nas eleições de 1981. A ordem fora invertida. Pires para presidente, Matheus para vice. Pires era visto pela oposição e pela imprensa apenas como um “laranja” da situação. Uma espécie de testa-de-ferro de Matheus 2
Logo, começaram as especulações sobre quem realmente mandava no clube. Cogitava-se que Matheus é quem daria as ordens e que Pires somente figuraria na presidência. No entanto, Pires começa seu processo administrativo:
Tudo indicava que Matheus prosseguiria no poder pelo menos mais dois anos. Mas não foi assim que aconteceu. Durante a campanha, Matheus prometia dedicar-se a sede social do clube e setores desligados do futebol profissional. Porém durante os primeiros meses da nova gestão, Matheus tentava interferir em todas as decisões a cargo do novo presidente (...) ‘‘O Matheus era meu vice-presidente, mas centralizava muito. Ele queria mandar como se fosse presidente. Então eu me vi obrigado a tomar Atitude’’, conta Pires, o presidente que meses mais tarde criaria a abertura necessária para o estabelecimento da Democracia Corintiana... Insatisfeito com a nova realidade, na qual seu poder não era mais absoluto, Matheus passou afastar-se lentamente de suas funções no clube. Após passar quase uma década na presidência do Corinthians sem a interferência de ninguém, Matheus voltava a cuidar pessoalmente dos negócios em sua pavimentadora, cujo escritório localizava a poucos metros do clube 3
O Corinthians como representação popular refletia em seu interior as questões sociais brasileiras, sobretudo o momento pelo qual passava o país: a ditadura e o seu afrouxamento. Waldemar Pires trazia uma proposta de abertura para o clube:
Fortalecido, Waldemar Pires aproveitou a reunião para deixar claro que aceitava unir o clube, mas exigia de Matheus que se limitasse a exercer o cargo de vice-presidente. Durante o encontro, Pires tomou a palavra e aproveitou para esclarecer algo que a maioria dos membros do conselho deliberativo parecia não entender, acostumado que estava com o estilo centralizador de Vicente Matheus: “Minha administração é marcada pela abertura, na qual cada um participa dentro de seus cargos”.4
Enquanto que Matheus, cada vez mais isolado, criticava e desacreditava a nova gestão:
(...) Matheus comentou a declaração de Pires: “O Waldemar fala de abertura. Ora, o governo bolou a tal abertura, trazendo um pessoal de fora (os exilados políticos) e tudo mais. Agora, quem está no poder? É ele mesmo. Esse negócio de abertura, meu filho, é para inglês ver”.5
A crise se agravava em meio aos péssimos resultados que o clube obtinha em campo. Os diretores do clube passam a colocar seus cargos a disposição do presidente. Quando João Mendonça Falcão, demitiu-se do cargo de diretor de futebol, assumiu Adilson Monteiro Alves, sociólogo, filho de Orlando Monteiro Alves, então vice-presidente de futebol do Corinthians (que indicou o filho ao cargo). Por não ter experiência no meio futebolístico, Adilson opta em ouvir a opinião dos jogadores, dando o pontapé inicial para as mudanças. Logo em seguida é contratado o técnico Mário Travaglini, conhecedor do futebol paulista e então, esperança de salvação para o clube.
Sobre a forma de trabalho de Adilson Monteiro Alves, falou o jogador Walter Casagrande, ao jornalista Fernando Valle, em entrevista exclusiva para o site da revista Caros Amigos:
(...) O Adilson Monteiro Alves era vice-presidente de futebol e tinha a idéia de dar liberdade aos jogadores. Não foi uma coisa planejada, a democracia foi conquistando o espaço naturalmente. Combinou a boa cabeça e preocupação política de alguns jogadores com o comando do Adilson (...) O básico no início era assim: a gente decidia as coisas de contratação, esquema tático, se ia viajar no dia do jogo ou não, uma participação política no clube e fora, coisa que jogador de futebol não tinha antes. Era mais nesse sentido, concentração vinha depois. Os casados não se concentravam, os solteiros sim, mas isso era o de menos, na realidade”. 6
Adilson Monteiro Alves representava uma forma “moderna” de administração para o futebol. A reunião dos membros que compuseram sua equipe de trabalho se relacionava diretamente com seu pensamento político-administrativo que englobava não somente critérios de politização dos atletas (o que exigiu assim que chegou a diretoria do clube), mas a uma visão comercial voltada a venda da marca Sport Clube Corinthians Paulista, tendo os jogadores como “porta estandarte” desta “grife” futebolística. Em matéria intitulada “Adilson, o novo cartola”, escrita pelo jornalista Arthur de Almeida para o Jornal da Tarde, de 13 de dezembro de 1982, Alves apresenta seu pensamento sobre a questão:
É fundamental que o jogador (que hoje ainda conserva a imagem de um artista dos anos 30) ocupe espaço que lhe cabe na sociedade enquanto cidadão. E eles tem uma contribuição enorme para dar. Veja: uma frase do Sócrates por exemplo vale mais que um longo discurso do presidente da República na “Voz do Brasil” (...) Oferecemos em forma de espetáculo, a consciência de que um grupo determinado e unido em torno de um objetivo comum, sempre alcançando este objetivo – diz com naturalidade”.7
É interessante observar que nesta mesma matéria, o jornalista Arthur de Almeida faz alguns apontamentos sobre a nova gestão do clube, sobretudo os tipos de contrato dos atletas:
Se na retórica Adilson tem um desempenho invejável, na prática ele comprovou ter desenvolvido um trabalho respeitável. Por exemplo: corrigiu a distorção incrível de salários no elenco, como o de Vladimir (dez anos de clube, sempre como titular), que ganhava Cr$ 100 mil mensais. Hoje, Vladimir recebe mais de 1 milhão (metade paga pelo clube, metade de contrato publicitário com a Topper). Ainda dentro da questão de salário, Adilson inovou. Sócrates, em breve, não custará nada para os cofres corintianos. Ao contrário, dará lucros. Ele tornou-se “associado” do Corinthians e seu contrato tem dois tipos de trabalho: 1o) jogar bem futebol; 2o) exclusividade para fazer publicidade, aliando sua marca à do clube. O jogador tem um mínimo garantido (cerca de Cr$ 12 milhões). Mas tudo que for arrecadado a partir daí será dividido em partes iguais (...) Por enquanto duas empresas já patrocinam Sócrates (Topper e Corona) e pagam cerca de 60 por cento do seu salário garantido. Como há várias empresas interessadas em outros contratos. Sócrates logo estará se pagando. Mais: Adilson antecipou que Casagrande tem alguns esquemas montados e em estudos (...) O dinheiro arrecadado com tudo isso (venda e empréstimo de vinte atletas) superou – e muito – o valor pago nas contratações (Daniel Gonzalez, Ataliba e Alfinete) e salários dos três novos jogadores (...)Trouxe também o psiquiatra Flávio Gikovate, o publicitário Washington Olivetto, o jornalista José Roberto de Aquino (...) Tudo como em uma empresa”.8
Assim, o Corinthians, no despontar do seu movimento democrático, não se afasta da tendência mercadológica e comercial plantada definitivamente no futebol mundial, desde a metade dos anos 70, com um núcleo de funcionamento, voltado ao lucro e a venda de produtos e marcas. Se por um lado, inovou ao entrar em campo com a palavra “democracia” no lugar do patrocinador, fazendo alusão ao processo político do país, por outro, abria caminho para as empresas investirem em um clube “inovador” no seu processo de auto-gestão. Se ano de 1982 a camisa do Corinthians carregava as inscrições “Democracia Corintiana” ou “Dia 15 Vote”, no ano de 1983, às marcas Bom Bril e a Cofap, dividiram a camisa alvinegra, com as Duchas Corona. Em anúncio que ocupa quase que uma página inteira do Jornal da Tarde, de 13 de dezembro de 82, uma imagem de um jogador, cujo rosto não aparece, é apresentada com o título “Marcas de Campeão”, na qual a camisa suada (“marca Topper na camisa que é paixão, amor e vida de milhões de brasileiros”) é associada à marca do esforço físico do jogador no uniforme: (“marca de suor de quem deu o sangue pela camisa que veste” - a empresa Topper”). O símbolo do time se quer recebe alguma menção.

 Figura 1 – Casagrande leva a inscrição “Democracia Corinthiana” em sua camisa 9. Disponível em: <www.alexandre.taschner.n.../.../subsub050.htm> Acesso em 29 out 2006.

Figura 2 – Considerado símbolo da garra corintiana, desde sua chegada ao clube em 1972, Wladmir atuou 805 jogos pelo clube, sendo seu recordista. Somente ganhará projeção política nos anos da Democracia Corintiana. Acima a foto apresenta o desenho da “Ducha Corona” maior que o símbolo do Corinthians. <www.gazetaesportiva.net/.../promotimao-selecao.htm> Acesso em 29 out 2006.
Sobre a questão do patrocínio exposto na camisa dos clubes de futebol, é interessante a colocação de Edmilson Oliveira da Silva, em seu artigo O esporte como filão publicitário, no livro Esporte e Poder:
Para as empresas o apoio ao esporte é um negócio fabuloso. Além de debitarem os gastos efetuados no Imposto de Renda, elas conseguem publicidade prolongada com o mínimo de custo. Ao ser transmitido um jogo de futebol, por exemplo, os 22 jogadores levam consigo a marca durante 90 minutos, atingindo vários consumidores. Isso seria praticamente impossível às empresas, caso tivessem que “comprar” um terço deste tempo (...) Assim como as empresas utilizam o esporte como meio promocional e de vendas, o esporte também tem sabido “jogar” muito bem com essas empresas. Depois de muita discussão entre os interessados (clubes, leia-se cartolas, e empresas), com exclusão das torcidas – o que denuncia o alto grau de democracia da relação entre cartolas e torcedores – os clubes decidiram vender os espaços de seus uniformes e instrumentos da prática esportiva (desde as superfícies das pranchas até os cascos de embarcações, uniformes e toda a parafernália esportiva). Com isso houve uma espécie de outdoortização dos instrumentos esportivos” 9
Tendo em mãos um produto popular e altamente vendável como o Corinthians, nada mais correto que contratar um publicitário de renome internacional e corintiano “roxo”: Washington Olivetto. Responsável pela imagem do Corinthians democrático, ele foi o articulador das frases em camisetas, bandeiras e orientação política aos atletas no decorrer do processo. Logo no começo de seu trabalho junto ao clube, publicou um anúncio nos principais jornais da época:
Mande uma idéia pro Washington, que ele está precisando (...) Se você é publicitário, corintiano, ou os dois, de preferência, você está intimado a fazer a mesma coisa que o Washington está fazendo: trabalhar de graça para o Corinthians (...) Mande toda e qualquer idéia que você julgue necessária para um bom planejamento de marketing futebolístico para Washington Olivetto, Rua São Jorge, 777, CEP 03087 (...) O Washington promete analisar todas as idéias com o maior carinho e fazer de tudo para coloca-las em prática (...) Ajude o Corinthians a ter uma grande atuação dentro e fora de campo. Mande uma idéia pro Washington (...) A última que ele teve foi fazer este anúncio. Já dá pra ter uma idéia do quanto ele está precisando das suas (...) Adilson Monteiro Alves – Diretor de Futebol Profissional (...) P.S.: Mande uma idéia escrita ou numa fita gravada. Não custa nada pra você e vale muito pro Corinthians” 10 

Constata-se que o próprio anúncio apresenta que o Corinthians não tinha formado em seu interior a questão da democracia, numa observação ampla e política, relacionada ao contexto social fora do clube, caso contrário não seria solicitada uma idéia que “ajude o Corinthians a ter uma grande atuação dentro e fora do campo”. O vazio de idéias que, assinado por Adilson Monteiro Alves, no anúncio para Olivetto, faz parte do processo de criação do publicitário que aguarda um “start” para colocar em prática suas ações. E deste “start” viria da participação do jornalista Juca Kfouri em um debate realizado na PUC – SP, onde “pescou” a idéia, como fala o próprio Olivetto no livro Corinthians – É preto no Branco que escreveu em parceria com o jornalista mineiro Nirlando Beirão:
Atribuem a mim, Ed (direciona a fala a um amigo), esta marca: Democracia Corintiana. Adoraria que fosse mas eu tenho que confessar que não é – eu apenas capturei no ar. Estávamos participando de um debate na PUC, sobre futebol e abertura política, e, de repente o Juca Kfouri – corintiano roxo com quem aprendi as primeiras definitivas lições de imparcialidade futebolística – falou que o que o Corinthians estava fazendo era experimentar a democracia (...) “Democracia Corintiana” – Lancei na hora (...) Você sabe como são os publicitários. Uma frase pode ser tudo na nossa vida. Eu tinha sido convidado pelo subversivo Adilson Monteiro Alves a ser vice-presidente de marketing. Aceitei, é claro, e juro que estava sóbrio, inteiramente consciente, apesar dom que Adilson e eu bebemos naquela noite no falecido Plano’s. O Adilson perguntou: topa? Eu respondi: topo, sim, e de graça (...) O cargo não existia, e eu não sabia muito bem o que fazer além de slogans e frases. Fiz do meu jeito, Ed. Do nosso: um anúncio nos jornais em que eu aparecia vestido com a camisa do Coringão querido e com o título “Mande uma idéia pro Washington, que ele está precisando (...) Em certo momento o Adilson quis institucionalizar a reviravolta democrática, e todos tivemos que virar conselheiros do clube – eleitos oficialmente. Lembro que o Wladimir, capitão da Democracia, virou conselheiro. O Zé Maria, Super Zé, lateral direito, também. Não por acaso foram os dois que seguiram, depois, carreira política. O Doutor (Sócrates) se recusou. Ele já era um jacobino. Não aceitava as regras do jogo – a eleição indireta. Nem mesmo em clube de futebol”11
Daí por diante, o processo de construção da Democracia Corintiana se dará por pontos bastante específicos: um time de massa, com grande potencial em arregimentar torcedores e consumidores; uma marca forte e de ótimas possibilidades vendáveis; meios de comunicação esportiva para a divulgação da marca (e patrocinadores); construção dos atletas como outdoors vivos, de idéias e marcas, bem como a mitificação da imagem do jogador de futebol, tão engendrada culturalmente no país, em uma relação de “proximidade” proporcionada pelo esporte; situação de abertura política do país, que proporcionava manifestações sociais de grande porte e visibilidade.
Ao chamar a atenção para as questões políticas do momento pelo qual passava o país, atraiu também novas possibilidades de patrocínio, além dos olhos da sociedade que voltaram ao clube, que demonstrava nova fórmula de trabalho e atingia resultado ao ganhar o Campeonato Paulista de 1982. No entanto sem a figura e o carisma dos jogadores que estavam à frente do processo, isso não seria viável.

 Figura 3 - Jogadores levantam a faixa com a inscrição “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”, antes da final do Campeoinato Paulista de 1983, quando o time sagrou-se bicampeão sobre o São Paulo. Disponível em: <http://www.citadini.com.br/alambrado/oexp030906.htm>. Acesso em 29 out 2006.


1 Sócrates; Gozzi, Ricardo: Democracia Corintiana – A Utopia em Jogo. p. 29
2 Idem. p.43
3 Idem. p. 45
4 Idem. p. 52-53
5 Idem. p. 53
6 VALLE, Fernando. Casagrande. Arquivo do Site da Revista Caros Amigos, on-line, São Paulo. Disponível em: <http://carosamigos.terra.com.br/do_site/sonosite/entrev_abril04_casagrande.asp>. Acesso em 09 ago 2006.
7 Jornal da Tarde – Edição de Esportes. “Adilson, o novo cartola”, por Arthur de Almeida – Edição de Esportes. P.3.
8 Idem. P.3.
9 Silva, Edmilson de Oliveira. “O esporte como filão publicitário” in: Dieguez, Gilda Korff (org.). Esporte e Poder. p. 44
10 Sócrates; Gozzi, Ricardo: Democracia Corintiana – A Utopia em Jogo. p. 95
11 Olivetto, Washington; Beirão, Nirlando. Corinthians: É preto no branco. p.184

3 comentários:

  1. Muito bom esse trabalho de pesquisa, parabéns!!! Malandro, usar a abertura política brasileira pra instituir uma jogada de marketing é algo realmente bem feito. A impressão que dá é que nem os jogadores estavam por dentro dessa ação de marketing e que quando viram já estavam lá. Bom, deu pra ver que foi uma das ações de marketing mais bem sucedidas da história, pois ela foi feita há quase 30 anos e até hoje se fala na "Democracia Corinthiana". O que eles também queriam, conseguiram: que foi trazer o Corinthians mais ainda pra perto das pessoas e fazer do Corinthians uma marca.

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  2. Tá demaaaaaais, você! É exatamente disso que se trata. A minha ideia nunca foi desvalorizar o "movimento" da DM Corinthiana mas apontar o de forma mais aberta que foi gerida dentro de linhas comercias, apoiadas no momento político social. A próxima etapa é discutir a DM como representação de movimento de "classe trabalhadora" (o que NÃO teve)!

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