Guerreiro: duas vitórias de 1 a 0 com gols de cabeça |
O dia 16 de dezembro de 2012 é um dia histórico para o Corinthians. Fechando um ano excepcional, o clube paulista venceu com grande mérito o Chelsea (Inglaterra) e conquistou seu segundo título mundial (gabaritado após ser campeão da Libertadores da América), superando toda e qualquer mácula relacionada ao Mundial de Clubes de 2000, cuja participação como convidado culminou na sua vitória.
DO INFERNO AO CÉU
Com o rebaixamento para a série B do Brasileirão em 2007, o clube passou por um processo de reavaliação e re-significação, sobretudo após a desastrosa gestão da M.S.I, empresa estrangeira que trouxe inúmeras promessas, negociou jogadores e deixo um título brasileiro absolutamente polêmico, em 2005, e um rombo monumental no patrimônio do clube. Curiosamente, um dos principais legalistas pró-M.S.I, o ex-presidente do Corinthians e ex-chefe das Delegações da Seleção Brasileira, Andres Sanchez, esteve em ambos os processos, tanto na queda para o inferno, quanto para elevação aos céus (assunto que merece um texto específico, posteriormente).
A reestruturação do marketing esportivo que apostou na grandeza da marca, associada ao processo de modernização da gestão do clube foram pontos decisivos nesta trajetória, ainda que tenham ocorrido alguns deslizes no meio do caminho, quase colocando tudo a perder. Após a derrota na final da Copa do Brasil do mesmo ano, para o Sport, e a conquista do acesso para a série A em 2008, houveram mudanças significativas no clube. Se por um lado a contratação de Ronaldo Nazário como jogador repercutiu na promoção do clube e na conquista de dos títulos: o Paulista e Copa do Brasil em 2009; por outro, a manutenção de um esquema tático nas costas deste jogador, que estava em seu limite físico e técnico, levaram a sua eliminação precoce na Libertadores de 2010, tendo o Flamengo como carrasco nas oitavas e, na pré-Libertadores em 2011, pelos pés do desconhecido e inexpressivo Tolima (Colômbia). O golpe foi assimilado e a decisão de manter o treinador Tite (que substituiu Adilson Batista e classificou o time em 3o lugar em 2010 no Brasileiro), juntamente com uma base de jogadores, provou-se acertada no decorrer do processo. As contratações de jogadores experientes como, por exemplo, Danilo e Alex (campeões mundiais respectivamente por São Paulo e Internacional), possibilitou a adequação e equilíbrio com os mais jovens do elenco.
Com o marketing operando, a administração das contas e investimentos se organizando, a redução da influência da diretoria no que se fazia dentro de campo, o apoio da CBF na flexibilização de calendário e o Governo Federal com o anúncio da construção do estádio que será a sede da Copa do Mundo de 2014 (o que trouxe grande autoestima para torcedores e time e mais popularidade ao presidente Lula) o caminho para as glórias estava construído. Com uma campanha equilibrada, o Corinthians venceu em 2011, o seu 5o título brasileiro e o direito a novamente, disputar a Libertadores da América, torneio que conquistou de forma invicta e absoluta em 2012, derrubando o Santos de Neymar, que era o mais recente campeão do torneio e o famigerado Boca Juniors, empatando em 1 a 1 na Argentina e vencendo por 2 a 0 no Brasil. E o título Mundial de Clubes se constituiu em duas vitórias por 1 a 0, ambos com gols de cabeça do atacante peruano Paolo Guerreiro, contra o Al-Ahli do Egito (semifinal) e contra o Chelsea, da Inglaterra (na final).
Com o marketing operando, a administração das contas e investimentos se organizando, a redução da influência da diretoria no que se fazia dentro de campo, o apoio da CBF na flexibilização de calendário e o Governo Federal com o anúncio da construção do estádio que será a sede da Copa do Mundo de 2014 (o que trouxe grande autoestima para torcedores e time e mais popularidade ao presidente Lula) o caminho para as glórias estava construído. Com uma campanha equilibrada, o Corinthians venceu em 2011, o seu 5o título brasileiro e o direito a novamente, disputar a Libertadores da América, torneio que conquistou de forma invicta e absoluta em 2012, derrubando o Santos de Neymar, que era o mais recente campeão do torneio e o famigerado Boca Juniors, empatando em 1 a 1 na Argentina e vencendo por 2 a 0 no Brasil. E o título Mundial de Clubes se constituiu em duas vitórias por 1 a 0, ambos com gols de cabeça do atacante peruano Paolo Guerreiro, contra o Al-Ahli do Egito (semifinal) e contra o Chelsea, da Inglaterra (na final).
O TORCEDOR
Do ponto de vista do torcedor, é um ano absolutamente emblemático, ao considerar que a conquista da Libertadores da América (cuja dificuldade e valor sempre deixaram claro ser prioridade) e Mundial de Clubes se concretizou na bola bem jogada e, seu arqui rival, o Palmeiras, caiu (pela 2a vez) para a série B do Campeonato Brasileiro. Nada poderia ser melhor.
OS CLUBES E A CBF
Do ponto de vista do futebol, fica clara a necessidade mais do que primordial da profissionalização das gestões dos clubes e principalmente, a importância do apoio da CBF para que qualquer um dos clubes brasileiros que estejam em torneios internacionais, tenham condições de disputá-las de forma competitiva.
OS CLUBES E A CBF
Do ponto de vista do futebol, fica clara a necessidade mais do que primordial da profissionalização das gestões dos clubes e principalmente, a importância do apoio da CBF para que qualquer um dos clubes brasileiros que estejam em torneios internacionais, tenham condições de disputá-las de forma competitiva.